Estudo da vacina Pfizer inclui testes no país que integram pesquisa global da farmacêutica em quase 4 mil mulheres, entre a 24ª e a 34ª semana de gestação
Na semana passada, a farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou o começo dos testes de sua vacina contra Covid-19 em gestantes no Brasil.
Em abril, a Anvisa deu aval para novo ensaio clínico de vacina contra a Covid-19.
Como será o estudo da vacina Pfizer
O estudo da vacina Pfizer será realizado por meio de um ensaio combinado de fases 2 e 3 para avaliar a segurança e eficácia da vacina Cominarty (nome comercial da vacina BNT162b2) contra a doença causada pelo coronavírus nesse grupo. Aproximadamente 200 gestantes saudáveis com 18 anos ou mais deverão participar do estudo no país.
Estudo global
Além disso, os testes no Brasil integram um estudo global da Pfizer com aproximadamente 4.000 mulheres entre a 24ª e a 34ª semana de gestação. Tudo isso para avaliar a segurança, tolerância, e imunogenicidade (capacidade de gerar resposta imune) de duas doses da vacina administradas em um intervalo de 21 dias.
Vale ressaltar que a eficácia da vacina da Pfizer já foi comprovada em ensaios clínicos na população geral. Agora, as participantes serão divididas em grupos para receber dosagens diferentes do imunizante.
Transferência de anticorpos específicos contra o coronavírus Sars-CoV-2 das mães para os bebês
O levantamento inclui ainda a transferência de anticorpos específicos contra o coronavírus Sars-CoV-2 das mães para os bebês, com o monitoramento dos recém-nascidos até os seis meses de idade.
Estudo com as vacinas de mRNA
Contudo, no início deste mês, um estudo com as vacinas de mRNA (Pfizer e Moderna) em 103 gestantes e lactantes realizado nos Estados Unidos indicou que os fármacos produzem resposta imune e não são teratogênicos. Ou seja, não causam malformação ou morte do feto.
Além disso, dados de mais de 35 mil mulheres imunizadas nos EUA com estas vacinas apresentaram uma boa segurança e a capacidade de as vacinas induzirem resposta imune.
Única com registro definitivo para uso em toda a população
Hoje, a vacina da Pfizer é a única no país com registro definitivo para uso em toda a população com 16 anos ou mais.
A eficácia da vacina da Pfizer na proteção contra a Covid-19 é de 95%. Por fim, estudos de efetividade da vacina na vida real revelaram ainda uma eficácia de 86% contra a infecção assintomática.
*Foto: Divulgação/Heudes Regis/SEI