Primeiro de tudo, quando o assunto é investimento em empresas, é bastante comum nos lembrarmos da compra e venda de ações na tão famosa bolsa de valores! Entretanto, existem alternativas ainda mais eficientes para realizar aportes em empresas que ainda não são listadas: estamos falando do Private Equity.
Sabe-se que essa forma de investimento se torna interessante para diversos investidores, porém, existem regras importantes acerca desse assunto. Logo, é crucial entender o conceito e a forma em que esse tipo de investimento pode beneficiar empresas no mercado, e assim, torná-las ainda mais competitivas em relação aos seus concorrentes.
Private Equity: Conceito
Em geral, podemos definir que o Private Equity nada mais é do que um termo em inglês para patrimônio privado! Portanto, nesse tipo de investimento, a pessoa interessada realiza aportes em empresas que possuem capital fechado. Em outras palavras, essas corporações não se encontram listadas na bolsa de valores, e logo, não estão abertas a novos acionistas de forma ampla.
Sabe-se que através desse tipo de investimento, o interessado irá buscar pela valorização da empresa e, consequentemente, a sua participação. Dessa forma, ele conseguirá obter lucro ao realizar a venda de seus direitos do negócio quando a organização decidir abrir o capital, quando for o caso.
Além disso, é importante ressaltar que o private equity está relacionado à empresas de médio e grande porte. Logo, quem faz esses tipos de investimentos não estão inteiramente focados em companhias ou até mesmo em startups que ainda estão no seu começo no mercado.
Dessa forma, entendemos que o principal objetivo do private equity é justamente obter investimentos que consigam beneficiar as empresas, e fazê-las crescer rapidamente. Sem contar que também visam que essas empresas adquirem um grande porte e solidez no futuro, a fim de fazer o Initial Public Offering (IPO) na bolsa.
Por esse motivo, o aporte acaba sendo um novo modo de fazer com que o negócio consiga alavancar-se, possibilitando-o a efetivação de projetos.
O que uma empresa ganha ao unir-se ao fundo de PC (Private Equity)?
De forma geral, a sociedade com um fundo de investimento — tanto de private equity, quanto de venture capital (mais destinada a startups), oferece diversos benefícios e vantagens para o negócio, além de simplesmente fazer com que ela cresça em recursos financeiros. Confira abaixo os benefícios:
- Oferece recursos e conhecimento, com o objetivo de incentivar o crescimento acelerado, e além de tudo, investe na sustentabilidade do negócio;
- Transforma a empresa, tornando-a cada vez mais competitiva e finalmente com todo o potencial para encarar o mercado global;
- Melhora a imagem institucional da empresa e proporciona sustentabilidade;
- Torna o negócio ainda mais profissional e com excelente reputação no mercado;
- Ajuda na aplicação das práticas de governança corporativa, fazendo com que a qualidade de gestão seja cada vez mais aprimorada;
- Entre outros benefícios relacionados.
Exemplos de empresa unidas ao fundo PC
Antes de tudo, podemos perceber que a Beleza Natural e a GP Investments podem exemplificar bem esse tipo de situação. Antes de ser o que é hoje no mercado, a Beleza Natural simplesmente queria crescer. Contudo, muito antes de realizar a busca de um fundo de investimento, a empresa precisou se preparar por dois anos, para finalmente conquistar esse processo.
De forma prática, a Beleza Natural fez uma análise minuciosa a respeito do seu negócio, criando as melhores práticas que poderiam ser multiplicadas, e também aquelas que deveriam ser descartadas do seu modelo de negócios. Isso porque o modelo de negócio devia estar “redondo”, para que assim, seja possível receber o investimento proposto.
Para citarmos um exemplo ainda mais claro, podemos lembrar do Angra Partners. Fundada no ano de 2003, esse grupo atua, desde então, na gestão de fundos de Private Equity desde o ano de 2004. Tendo um histórico de gestão de dez fundos relacionados a diferentes tipos de setores, acabam totalizando um montante equivalente a R$ 5,8 milhões. Sendo assim, o grupo Angra Partners acaba sendo intitulado como um dos principais gestores no setor industrial no Brasil.
De forma rápida, ainda podemos citar brevemente como exemplo o CEO Alberto Guth, integrante da Angra Partners.
Na empresa, ele acabou liderando a gestão de fundo de private equity investidores institucionais, que acabou envolvendo negociações mais complexas entre acionistas, além de ter intervido em negociações de alienação em empresas, como é o caso do porte do Brasil Telecom, Telemig Celular, e entre outros relacionados.
As etapas para começar a investir private equity
Para que possamos entender o funcionamento desse tipo de investimento, é necessário que conheçamos as principais fases do aporte do private equity. Confira abaixo quais são elas:
1. Captação ou aquisição
Primeiro de tudo, a fase de captação ou de aquisição é o processo onde ocorre a busca de recursos para o negócio! Nessa etapa, a empresa irá buscar investimentos para que a sua marca consiga expandir e fazer com que o seu balanço patrimonial melhore ainda mais.
Sem contar que é nesse momento onde os cotistas do FIP acabam assinando o documento que denotará o comprometimento com os aportes. Dessa forma, ao ser feita a captação, os negócios poderão expandir e aumentar o seu balanço patrimonial, a fim de aumentar os lucros.
2. Período de investimento
Nessa fase, já é possível perceber os resultados dos aportes. Através do incentivo financeiro, a empresa passa a ganhar ainda mais espaço em seu mercado, e logo, consegue se tornar ainda mais competitiva e solidificada em sua área de atuação.
Dessa forma, percebemos que haverá um aumento em relação aos resultados operacionais, bem como a possibilidade de financiamentos através de condições ainda melhores! No final disso tudo, a empresa possuindo lucros ainda maiores, crescer, e ainda por cima visar a abertura de capital na bolsa!
3. Etapa do desinvestimento
Nesse momento, o fundo irá avaliar como deve se proceder para fazer o lucro que foi obtido pelo negócio. Assim, existem diversas opções nesse momento, tais como a oferta pública de ações — se for o caso de a empresa optar por abrir capital na bolsa.