Alimentos ultraprocessados têm como um dos fatores de risco a obesidade
Estudos realizados por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelam que as mortes prematuras relacionadas ao consumo de alimentos ultraprocessados chegam a 57 mil por ano no Brasil. O número corresponde a aproximadamente 10% dos óbitos de pessoas de 30 a 69 anos registrados em 2019, ano referência da pesquisa. Entre as mortes associadas à má alimentação, podemos destacar o infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral). Já outros problemas de saúde, como: hipertensão, diabetes e obesidade também estão associados a essas mortes.
Consumo de alimentos ultraprocessados
Sendo assim, diante deste cenário pode-se destacar a relação dos alimentos ultraprocessados com a obesidade.
Dados da OMS sobre a obesidade no Brasil
Neste caso, a obesidade é uma doença crônica e possui como principal característica o aumento da massa corporal gorda. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, no Brasil, uma em cada quatro pessoas de 18 anos ou mais estavam obesas, o número equivale a 41 milhões indivíduos.
Em compensação, o sobrepeso peso atingia 60,3% da população de 18 anos ou mais de idade, o que equivale a 96 milhões de pessoas, sendo 62,6% das mulheres e 57,5% dos homens. Além disso, o Ministério da Saúde informa que a obesidade teve um crescimento de 72% nos últimos 13 anos. 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019 e sua frequência é igual entre homens e mulheres.
Todavia, a obesidade está associada a diversas doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, infarto, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), diabetes mellitus, gordura no fígado, disfunção sexual, entre outros distúrbios metabólicos. Problemas psíquicos também estão relacionados ao excesso de peso. Portanto, pode-se dizer que a má alimentação preconiza todas essas patologias que citei.
Como combater
Para combater a obesidade é preciso mudar o estulo de vida e optar por uma rotina mais saudável. Isso inclui uma alimentação equilibrada, rica em proteínas, gorduras boas e carboidratos complexos. Além disso, praticar atividade física, juntamente à regulação do intestino e sono regenerador.
Já a correta hidratação deve ser priorizada durante todo o dia. O paciente obeso ou com sobrepeso deve ter a avaliação clínica pelo médico especializado em emagrecimento.
É preciso ainda evitar a ingestão de alimentos enlatados, carne vermelha em excesso, açúcar, frituras, fast food. Troque todos eles e invista mais no consumo de hortaliças, frutas e vegetais.
Números do consumo alimentar na pandemia:
- 6% aumento no consumo de doces e chocolates;
- 5% aumento no consumo de embutidos;
- 4% aumento no consumo de congelados.
Fonte: Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ (setembro/2020)
*Foto: Reprodução