Descoberta de casos de hanseníase garante tratamento que acaba com transmissão e evita graves sequelas como a necessidade de amputação de membros
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia indicam que a hanseníase deve permanecer como motivo de alerta geral em Pernambuco e também no Nordeste. Isso porque a região lidera o “Mapa de Casos de Hanseníase no Brasil”, com 43% de todos os casos registrados. Trata-se de uma doença infectocontagiosa que afeta sobretudo a pele e os nervos. A percepção da doença é clara com o aparecimento de manchas esbranquiçadas, caroços avermelhados ou acastanhados, formigamento, câimbras e dor nos nervos, que devem motivar imediato comparecimento em postos de saúde.
Confira o guia preparado pelo Ministério da Saúde para o controle da doença.
Janeiro Roxo
Contudo, no município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, a Secretaria de Saúde informa que aproveitou a campanha nacional do “Janeiro Roxo” para reforçar o alerta de que as pessoas devem ficar alertas aos possíveis sintomas. Portanto, quem identificar algum dos sintomas precisa procurar uma unidade de saúde para ter um diagnóstico, e, se a doença for confirmada, iniciar o tratamento para também não se tornar mais um transmissor da doença. Vale destacar que qualquer unidade de saúde do município está apta para receber o paciente, onde será realizado o diagnóstico e tratamento, ressalta informe da Prefeitura de Paulista.
Casos identificados
Ainda conforme Secretaria de Saúde de Paulista, a hanseníase é transmitida por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que estão em fases adiantadas da doença e não começaram o tratamento. Ao concluir a campanha de prevenção “Janeiro Roxo”, foram contabilizados 19 atendimentos e dois casos diagnosticados. A descoberta de casos é importante, pois podem levar à identificação de outros casos, e também garantir o tratamento que acaba com a transmissão e evitar graves sequelas, que incluem a necessidade de amputação de membros em estágios avançados da doença.
Treinamento
Diante deste propósito, durante o mês passado, 104 profissionais de nível superior e 80 de nível médio, participaram de treinamento para atender a população. Também foram realizadas cinco ações de educação em saúde e entregues 38 conjuntos de diagnóstico e acompanhamento de casos.
Por fim, com o objetivo de intensificar os atendimentos, um mutirão foi feito na Unidade de Saúde da Família (USF) Paratibe II, em parceria com o NHR Brasil, o Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Cuidado, Práticas Sociais e Direito à Saúde das Populações Vulneráveis da Universidade de Pernambuco (Grupev – UPE), o Centro Social da Mirueira e o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) Recife.
*Foto: Reprodução