Mulheres no empreendedorismo, mesmo com o avanço que está ocorrendo, o público feminino ainda enfrenta desafios significativos em sua jornada
Da pandemia para cá, o Brasil vem atingindo marcos inéditos no empreendedorismo feminino. Prova disso é que em 2022, o país chegou ao número recorde de 10,3 milhões de mulheres à frente de empreendimentos. Os dados são do Sebrae. Mas, mesmo diante dos avanços, as mulheres ainda enfrentam desafios significativos em sua jornada.
No entanto, já há muitas mulheres que venceram estas barreiras e inspiram outras, em diversos setores da economia, para que possam andar com as próprias pernas em breve.
É o caso da empresária e CEO do Clara Resorts, Taiza Krueder. Com dois hotéis situados no interior de São Paulo: Ibiúna e Dourado, Taiza também se destaca na gastronomia. Ela é chefe de cozinha, formada pela Ecolle Superieure de Cuisine Francaise de Paris Ferrandi. Por meio de seu canal no YouTube, ela criou o programa Clara in Casa, onde compartilha suas receitas saborosas, incentivando mais mulheres neste nicho de mercado.
Mulheres no empreendedorismo
No caso das mulheres no empreendedorismo, algumas dificuldades e barreiras comuns ainda são enfrentadas. Veja abaixo.
As vendas para pessoas próximas: amigos e familiares constituem a melhor base de potenciais clientes. Todavia, por questões culturais, as mulheres sentem relutância ou desconforto ao falar sobre seus produtos e serviços. Portanto, compreender e superar essa barreira é decisivo para acelerar a curva de aprendizado e ganhar confiança na divulgação de seus produtos. Em suma, é enxergar seu negócio como um “analgésico” social para as dores que as pessoas próximas possam sentir.
Síndrome da impostora: a dúvida em relação às próprias habilidades e conquistas é mais comum entre mulheres, especialmente devido a fatores culturais. Além disso, essa síndrome pode impactar diretamente a capacidade de empreender, fazendo com que as mulheres hesitem em lançar produtos ou serviços por acreditarem que não estão perfeitos. Neste caso, interagir com pessoas que já superaram desafios semelhantes pode ser uma estratégia para combater tais pensamentos.
Construir uma rede de contatos real: seguidores nas redes sociais e cartões de visita distribuídos não garantem negócios reais. Redes construídas entre pessoas que se conhecem e confiam umas nas outras, sim – uma estrutura mais orgânica com pessoas que estão no mesmo nicho que você. Muitas vezes, as mulheres enfrentam desafios para construir essas redes por não participarem de ambientes tradicionais de networking. Vencer essa dificuldade requer escolher espaços e ambientes alinhados aos seus valores para desenvolver essa habilidade vital.
A economia do cuidado e a sobrecarga: ser a principal responsável pelos cuidados com os filhos e idosos da família impacta a disponibilidade de tempo e energia para o negócio. E, consequentemente, isso resulta em abandono da própria saúde e falta de tempo para cultivar redes. A conscientização de que essa realidade não deve ser aceita como norma para as mulheres e a criação de novos acordos nas relações são passos importantes para superar essa barreira.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/retrato-de-uma-linda-mulher-de-negocios-em-sua-mesa_12140646.htm#fromView=search&page=1&position=2&uuid=3b6019fa-0531-43e7-ac90-704e0cd086f1