Álbum de artistas pernambucanos, intitulado “Ontem é Muito Longe Daqui: Disco de Poemas” chega às plataformas, com mistura de experimentações sonoras em meio a poesias rimadas
Lançado no dia 27 de abril, o disco “Ontem é Muito Longe Daqui: Disco de Poemas” registra o encontro de cincos amigos e artistas pernambucanos: José Juva (Poemas e Voz), Camillo José (Guitarra), Juliano Muta (Baixo e Voz), Rimas Inc. (Beats) e D Mingus (Produção e edição musical).
O trabalho é uma mistura de experimentações e possibilidades sonoras mais poesia. Ele passeia pelo rock rural, e também envolto por guitarradas e um “baião freak psicodélico”.
Álbum de artistas pernambucanos – via lei Aldir Blanc
O álbum de artistas pernambucanos foi produzido graças à lei de incentivo de cultura Aldir Blanc. Além disso, este trabalho pretende percorrer os territórios da poesia de invenção em voz alta, explorando perspectivas poéticas. Lançado no dia 27, o disco está disponível no Youtube, Spotify, Soundcloud e Bandcamp, e também estará será possível fazer o download.
De acordo com Juliano Muta, jornalista de da Folha de Pernambuco e integrante do grupo:
“Pensamos numa maneira de simbolizar o nome do disco trazendo memórias afetivas de cada um. Surgiu a ideia de trazer esses retratos de um lugar que guardamos, da nossa infância. Que está tão distante e ao mesmo tempo tão perto.”
Além disso, outros artistas de Pernambuco lançaram um álbum recheado de poesia. Trata-se de músicos do Pajeú, região do Sertão.
Faixas do disco
O disco contém nove faixas: “Ontem é Muito Longe Daqui: Disco de Poemas” – gravado, editado e mixado por D Mingus, com artes gráficas de Priscila Lins – é aberto com a faixa “Sítio Ensolarado”. Muta adianta que esta faixa é uma “pegada” tomada pelo rock rural minimalista, futurista.
Na sequência, aparece “Apenas Vasta Memória” que explora uma espécie de ‘guitarrada suingada’. Já “O Oceano Continua Barulhento” pode ser ouvida/lida quase como uma oração/mantra anunciando a amplidão, afirma o músico.
Em “Os Pés Descalços Indo Bem Longe” há uma ambiência pós-rock. Em seguida, com “As Ruminações de uma Vaca Sideral”, o álbum de artistas pernambucanos utiliza bases de synthpop. Na faixa “Todos Temos Fantasmas Suficientes”, surge o tal baião freak e psicodélico, aliada a uma poesia reflexiva.
Na sétima faixa, “Embalado Pelas Chuvas que só Começam” o disco traz um pouco de música eletrônica em meio a um lirismo que remete a pistas de dança, além de gargalhadas dos saudosos jogos de videogame.
Já “Caranguejo Feito de Estrelas e Lixo” é uma espécie de estudo confessional sobre o amor. Por fim, a última faixa, “Êxtase Ininterrupto” traz um desenho do ambiente apocalíptico do antropoceno, poema carregado do caos contemporâneo.
*Foto: Divulgação