Com o auxílio do Biobanco, que contribui na investigação do câncer, os equipamentos implantados no Imip farão a coleta e armazenamento de material molecular de tumores, usados para fins de pesquisa e do tratamento para pacientes
O Biobanco de Pesquisa chegou ao Recife ontem (22) e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) é o responsável por abrigar esta iniciativa, que ajuda na investigação do câncer. Com isso, será possível desenvolver novas técnicas de diagnósticos para o tratamento personalizado do setor de oncologia da instituição.
Biobanco – como funciona
Os equipamentos do Biobanco farão a coleta e armazenamento de material molecular de tumores que será usado para fins de pesquisa e no tratamento para pacientes com câncer.
Foram investidos neste serviço R$ 1,7 milhões, captados por meio de doações e dos cofres estaduais, via Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia de Pernambuco, que fez um aporte no valor de R$ 480 mil. A iniciativa é pioneira no Nordeste. Hoje, em média, o Imip realiza 30 mil quimioterapias por ano e é único hospital do Estado que possui habilitação como Centro de Assistência em Alta Complexidade em Oncologia (Cacon).
Agilidade dos processos
Para Leuridan Torres, diretora de Pesquisa do Imip, com os novos equipamentos do Biobanco, haverá maior agilidade nos resultados de amostras complexas. Atualmente, estas demoram até três anos para serem concluídas. Em declaração à Folha de Pernambuco, ela explicou:
“Com todos os dados clínicos do paciente, os pesquisadores poderão realizar as análises em até um ano, reduzindo o processo de tratamento das pessoas com câncer”.
E também ressaltou que os biobancos são uma prioridade que vai além do Brasil, de caráter internacional:
“Eles auxiliam nas parcerias, pois conversam e fazem consensos, que aceleram o processo de descobertas que possam viabilizar os diagnósticos e tratamentos do câncer”.
Maior segurança
Já Tereza Campos, superintendente geral do Imip, o grande desafio que essa nova técnica promove é a segurança de uma assistência com as especificidades para cada questão.
“Esses equipamentos colaborarão com os profissionais de saúde na conduta terapêutica e de tratamento. Com isso, esperamos salvar mais vidas, reduzir os sofrimentos, prolongando uma assistência de qualidade”.
Biobanco – novo momento para a pesquisa em Pernambuco
Para André Longo, secretário estadual de Saúde, o biobanco atinge um novo período para a pesquisa em Pernambuco.
“Através desses equipamentos, os pesquisadores poderão armazenar os materiais biológicos com qualidade, para que se possa ter o acompanhamento das amostras ao longo do tempo”, disse. “A SES estuda formas de ajudar no custeio de manutenção para garantir a longevidade desse espaço que vai beneficiar os pacientes do SUS”.
Organização Mundial de Saúde
Segundo dados informados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer é a segunda causa de óbitos no Brasil e no mundo, ficando atrás somente das doenças cardiovasculares. No entanto, ela pode liderar o ranking até 2030, ainda com previsão de aumento de 50% nos números de novos casos da enfermidade.
Fonte: Folha de Pernambuco
*Foto: Divulgação