Central do CadÚnico, conforme a Prefeitura do Recife, mudança de local permitirá a ampliação da capacidade de atendimento, de 300 para até 600 pessoas atendidas por dia
Desde segunda-feira (25), a Central do Cadastro Único (CadÚnico) do Recife passa a funcionar em um novo endereço. Antes situado na rua do Imperador, no bairro de Santo Antônio, o espaço funcionará, a partir de agora, na Avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro, no prédio que abrigava a Faculdade Fama.
Central do CadÚnico
Ainda de acordo com a Prefeitura do Recife (PCR), a mudança de local permitirá a ampliação da capacidade de atendimento. Sendo assim, passará de 300 para até 600 pessoas atendidas por dia. Além disso, a PCR também afirmou que o novo espaço permitirá que os serviços ao público sejam oferecidos em um ambiente maior, mais acessível e mais confortável.
Para a secretária executiva da Assistência Social do Recife, Geruza Felizardo:
“Essa mudança, além de oferecer uma melhor qualidade no acolhimento com relação à estrutura, vai permitir também uma ampliação no número de atendimentos, que sai de 300 para 600 atendimentos diários. Isso vai permitir um atendimento de mais qualidade, diminuindo o tempo de espera das pessoas.”
Funcionamento
A central funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 15h, sem necessidade de agendamento. Vale destacar que a porta de entrada para acesso a benefícios sociais, o CadÚnico é um banco de dados do Governo Federal utilizado, por exemplo, para a inscrição no Programa Auxílio Brasil (PAB), na Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), além do Auxílio Municipal e Estadual (AME), dedicado às famílias afetadas pelos temporais que atingiram Recife nos últimos meses.
Opinião de quem utiliza o serviço
Para a empregada doméstica Dilma Francisca da Silva, de 55 anos, foi em busca do cadastramento no AME:
“Eu vim por causa da cheia. Perdi a minha máquina de levar, meu tanquinho, meu sofá, meu guarda-roupa. Só não perdi a vida, graças a Deus”, contou. Ela morava na Imbiribeira e, devido aos estragos causados após as chuvas, precisou se mudar para a casa do filho, no bairro do Pina. “Minha casa ainda não tem condição de voltar.”
Todavia, dona Dilma já havia buscado atendimento no antigo local do CadÚnico três vezes, porém, sem sucesso:
“Lá era na chuva, no sol, e aqui pelo menos tem esse toldo, né, essas cadeiras. E aqui pelo menos eu consegui pegar uma ficha e espero ser atendida.”
Por fim, para a diarista Tânia Maria de Albuquerque, 60, que foi até a Rua do Imperador e de lá foi encaminhada para a nova sede:
“Tinha uma van hoje da prefeitura lá e trouxe eu e mais algumas pessoas para cá de manhã. Quando eu cheguei aqui, eu encontrei a diferença. Aqui está ótimo, só em não ficar na chuva, na rua, no sol, já é bom demais.”
*Foto: Reprodução