Força de trabalho brasileira abrange o papel crucial da educação e do capital humano no cenário econômico
Apesar de estar um pouco longe, já há previsões para o ano de 2025 em relação à força de trabalho no Brasil. Neste caso, estima-se que tenha uma interrupção de 15%, resultando assim na substituição de 85 milhões de empregos e na criação de mais de 90 milhões de novos postos de trabalho. É o que afirma o estudo intitulado “O Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras”, que foi encomendada pelo Itaú Educação e Trabalho, a Fundação Arymax, a Fundação Roberto Marinho, a Fundação Telefônica Vivo e GOYN SP, com execução do Instituto Cíclica, em parceria com o Instituto Veredas.
Força de trabalho brasileira
A partir desses dados, fica provada que a força de trabalho brasileira está associada à necessidade crescente de foco na formação educacional. Isso porque as experiências profissionalizantes podem facilitar a entrada dos jovens no mercado de trabalho. Além disso, particularmente, os estados de Pernambuco e Ceará têm se destacado com altos índices no Censo Escolar de 2022, superando São Paulo, o estado mais rico do Brasil.
Já a cidade de Florianópolis está entre as dez cidades com melhor capital humano para empreendedorismo, conforme divulgado pelo Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) de 2023. O índice considera a qualidade da mão de obra baseada em dados educacionais e as condições do mercado local.
Outra pesquisa
Contudo, em outra pesquisa: “Tendências Globais de Capital Humano”, realizada pela Deloitte com 10.000 profissionais de 105 países, incluindo o Brasil, há uma necessidade de reimaginar os modelos tradicionais de trabalho. Segundo Ernesto Heinzelmann, o conceito apresentado pelo estudo não é novo, porém, representa desafios. “É algo necessário em qualquer organização, bem como a remuneração associada às atividades e responsabilidades.”
Valor do capital humano
Por outro lado, para Alex Araujo, CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional, um dos maiores empreendimentos do país, há um avanço na percepção do valor do capital humano no mercado. Mas, ele alerta para o desafio da empregabilidade dos jovens, principalmente após a crise econômica gerada pela pandemia, que resultou em afastamento do estudo e dificuldade de contratação para cargos superiores.
Pnad
De acordo com dados do Pnad, IBGE, referentes ao segundo semestre de 2022, mais de 1 milhão de crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos de idade estão fora da escola. O percentual de jovens de 15 a 17 anos que frequentam o ensino médio ou já concluíram a Educação Básica é de 91,1% entre os mais ricos e de 61,1% entre os mais pobres, ficando abaixo dos 85% estipulados pelo PNE.
Para Bruno Rizzato, diretor de produtos do Trampolim, aplicativo colaborativo de vagas de emprego, o domínio de um segundo idioma também é um diferencial que pode impactar significativamente o salário, com aumentos que podem variar de 40% a 70% para vagas operacionais, podendo até dobrar o pagamento em caso de fluência.
Aprendizado bilíngue
Por fim, segundo Carolina Vieira, CEO da SIS Swiss International School, instituição que integra um dos maiores grupos de educação europeus, o Grupo Klett, um aprendizado bilíngue pode melhorar as funções cognitivas e a capacidade de resolução de problemas, além de promover o desenvolvimento de uma atitude mais empática e aberta às diferenças na vida adulta.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/conceito-de-sucesso-comercial-na-opiniao-de-tampo-da-mesa-de-madeira-maos-protegendo-figuras-de-madeira-de-pessoas_9426580