Geração de empregos em Pernambuco tem investimentos aprovados, com captação junto à iniciativa privada, com a promessa da criação de 2,1 mil postos de trabalho
Mais de R$ 422 milhões foram aprovados em investimentos para Pernambuco. O montante faz parte da atração de empresas, por meio de 78 projetos industriais, na Região Metropolitana do Recife (RMR) e Interior do estado. Agora, a promessa é da geração de cerca de 2,1 mil postos de trabalho. Entretanto, apesar dos incentivos fiscais, empresários retratam que o cenário ainda se mostra retraído, diante de incertezas tributárias.
Geração de empregos em Pernambuco
A geração de empregos em Pernambuco abrangem as áreas: alimentícia, automotiva, farmacoquímica, metalúrgica, eletroeletrônica, agronegócio, entre outros. As propostas são captadas na esteira de dois programas: Prodepe e Proind, ambos voltados à indução de desenvolvimento da economia. O anúncio de aportes ocorreu durante a reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), a segunda da atual gestão do estado, que acontece sob reclamações, após um hiato de seis meses.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti:
“De fato, tivemos um intervalo, algo necessário para formar um consenso dentro do governo sobre a legislação. Mas que também nos ajudou a trazer um conjunto maior de negócios. A nossa expectativa é que, à medida que a gente for caminhando, vamos conseguir lançar aqueles grandes investimentos, de maior porte e ciclo de maturidade, para que a gente possa fazer o processo de atração. Mas já estou bastante animado com o que é possível noticiar hoje.”
Reforma tributária
Além disso, o gestor pontuou que a reforma tributária trouxe uma limitação no tempo ofertado aos empreendedores para a amortização do ICMS, com término assinalado para 2032. “Estamos agora no cenário nacional, com um novo projeto de estado de longo prazo e uma nova proposta de valor para as empresas. É algo que vem sendo entendido, traduzido para dentro do empresariado, alimentando a sua nova matriz de decisão”, afirmou.
Novas operações
De modo geral, a frente de novas operações inclui a instalação inicial, ampliação física da planta, modernização, assim como a criação de novas linhas de produtos. Entre os destaques, com mais capital investido, está a fábrica de alimentos Marilan, localizada em Igarassu, na RMR, com R$ 119 milhões, acompanhada do grupo Baterias Moura, em Belo Jardim, no Agreste Central, com R$ 35 milhões. As duas preveem 40 e 45 vagas de emprego, respectivamente. Outro grupo de 29 propostas, catalogadas como empresas de importação, além de mais 21 centrais de distribuição, também receberam o aval do conselho.
Panorama tímido
Por outro lado, o vice-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Renato Cunha, avalia que o panorama ainda é tímido, carente de instrumentos que encorajem a movimentação econômica. “Os incentivos fiscais, em comparativo com outros estados, são pouco atraentes para um investidor, que ainda fica com medo”, apontou. Segundo ele, o advento do Consórcio Nordeste pode reduzir as dificuldades. “Nossa região ainda tem um fosso grande e é preciso que se invista mais, inclusive na infraestrutura, para que a gente possa, de fato, crescer”, completou.
*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/retrato-de-operario-em-equipamento-de-protecao-segurando-o-polegar-para-cima-na-sala-de-producao_11034228