Multiartista leva toda sua ‘mudernidade’ ao festival Coquetel Molotov 2019, que começa hoje (15), na fase de Belo Jardim
Começa hoje (15) mais uma edição do festival “No Ar Coquetel Molotov”. Entre os destaques musicais deste ano está a multiartista pernambucana Jéssica Caitano. Criada em meio às raízes do Sertão de Pajeú, que mistutou sua música ao “muderno” do eletrococo, chamado por ela de “coco eletrônico”. Ela diz ainda que a sonoridade ainda remete ao rap repente e rap embolado.
Destaque do Coquetel Molotov
O público poderá conferir sua sonoridade baseada em voz e rimas neste sábado (19), na etapa Belo Jardim, como um dos destaques de músicos vindos do Agreste pernambucano.
O Festival Coquetel Molotov apresenta uma programação intensa com muita música, cinema e oficinas.
Em declaração à Folha de Pernambuco, ela adiantou:
“Preparamos um negócio bem bonito para fazer lá, uma sambadinha, um baile moderno”.
Esta será a segunda vez que a cantora subirá ao palco do Coquetel Molotov. Sua primeira participação ocorreu em 2017, quando Jéssica misturou a cultura popular com tecnologia em um mesmo ambiente, ao lado do Radiola Serra Alta, um de seus projetos musicais.
Caitano se autodeclara:
“Sou artista popular, poeta, cantora, compositora, declamadora, percussionista, arte-educadora, ativista (ou artevista). O que quero é buscar todos os espaços possíveis e imagináveis, onde eu possa manter presença e transmitir mensagem positiva”.
Início na música
Antes de ficar conhecida nas edições do Coquetel Molotov, Jéssica começou na carreira musical em 2007, como percussionista do Maracatu Serra Grande do Pajeú. No entanto, um ano antes, em participações nos discos de Lindalva do Pandeiro e do coco de mestras, como Vó Mera e Olindina (do Quilombo das Águas Claras, em Triunfo, sua terra natal), que Caitano passou a impor mais sua voz nesta vertente. E ainda inspirada pelos cantores Louro do Pajeú e Severina Branca, que ela passou a “falar” mais sobre arte. Sobre isso, ela ainda ressaltou à mesma publicação:
“Ouvia muita poesia e embolada, rima cantada e falada, do povo antigo, da poesia antiga. São referências de importância para mim, assim como Nelson Triunfo, que quero mencionar quando da minha entrada no hip hop e que é da minha cidade, conheci na infância e tem grande relevância no rolê que a gente faz no Sertão”.
Fase atual
Atualmente, a multiartista de apresenta ao lado de Chico Correa, parceiro musical que tem percorrido com Jéssica os espaços que vão além das fronteiras do Sertão.
Ele também é responsável pela produção de seu próximo disco, nos mesmos moldes da “mudernidade” que fez a cantora se tornar referência e que deve chegar ao mercado em 2020.
“Tá ficando muito bonito, cheio de participações lindas. Chico é quem produz todos os beats desse projeto, do começo ao fim, ele tá produzindo tudo. Tá ficando do jeito que a gente pensava porque entendemos a frequência sonora do outro e transformamos numa melodia bonita. A gente quer dançar essa ‘mudernidade’, que é gostosa demais”.
A cantora ainda se diz agradecida por poder soltar sua voz e falar sobre “verdade e de felicidade de estar me conectando com minha raiz e ancestralidade quando estou no palco, de forma intensa e profunda, do tamanho e da boniteza que é poder estar falando o que sinto e o que acredito, que almejo e preciso”, conclui Jéssica.
Programação do Coquetel Molotov – etapa Belo Jardim
Os shows, oficinas e cinema, com a Mostra Play The Movie, poderão ser conferidas de hoje até sábado (19), durante o festival No Ar Coquetel Molotov. O acesso às atrações é gratuito e serão realizados no Cine Teatro Cultura, Chaminé e Parque do Bambu.
Para saber a programação completa, basta acessar o site do evento.
Fonte: Folha de Pernambuco
*Foto: Divulgação