Número de muito endividados no Brasil diz respeito a 18,5% dos consumidores, considerada a maior parcela da série histórica, que começou em janeiro de 2010
A fatia de brasileiros que afirma ter dívidas a vencer aumentou 0,2 ponto percentual em junho, para 78,5%. Com isso, trata-se da maior taxa desde novembro de 2022, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Desse grupo, 18,5% dos consumidores dizem estar “muito endividados”, o que configura a maior parcela da série histórica, que começou em janeiro de 2010.
Para quem está muito endividado ou não, é preciso ter mente que há um meio de resolver isso e voltar a ser adimplente, a partir de ajuda profissional de empresas especializadas em renegociação de dívidas, como a empresa O Facilitador.
Parcela de muito endividados
O levantamento de muito endividados considera dívidas de carnê de loja, cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, empréstimo pessoal e financiamento de casa e de carro. Além disso, o endividamento avançou um mês antes do esperado pela entidade, que afirma que cada vez mais famílias buscam no crédito, principalmente no cartão de crédito, um modo de sustentar o consumo de bens e serviços. Já a maioria (87%) dos endividados possui dívidas no cartão de crédito.
Percentual da renda comprometido
Embora tenha um crescimento do endividamento, o percentual da renda comprometido com dívidas caiu para 29,6%, em média, o menor desde setembro de 2020, conforme o estudo. As pessoas das classes baixa e média, sobretudo, reduziram o comprometimento da renda com dívidas, revela a CNC:
“A menor pressão das dívidas sobre a renda dessas famílias se deve à dinâmica favorável da inflação corrente. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) têm desacelerado continuamente desde o fim do ano passado, abrindo espaço no orçamento e reduzindo a parcela dedicada ao pagamento das dívidas.”
Dívidas atrasadas
Todavia, a fatia de brasileiros que afirma que não conseguirão pagar as dívidas atrasadas, de meses anteriores, também aumentou em junho. Do grupo de consumidores com dívidas atrasadas, 40% começou o mês sem condições de quitar os débitos de meses anteriores, a maior parcela desde agosto de 2021. Já o percentual das pessoas com dívidas atrasadas há mais de 90 dias, os inadimplentes, avançou para 46%.
Total de endividados e de inadimplentes
O total de endividados e de inadimplentes aumentou em todas as faixas de renda. No entanto, avançou mais entre os brasileiros com renda mensal de 5 a 10 salários mínimos, afirmou a entidade.
“O mercado de trabalho formal absorvendo pessoas de menores níveis de escolaridade e salários-base e os programas de transferência de renda mais robustos têm limitado o avanço mais expressivo da inadimplência entre as famílias de renda baixa.”
Homens e mulheres
Por fim, a fatia de endividados cresceu igualmente para homens e mulheres. Entretanto, as mulheres são mais endividadas que os homens: 79,6% delas são endividadas, ante 77,6% dos homens. Contudo, os homens são mais inadimplentes que as mulheres: 46,5% deles possuem dívidas atrasadas há mais de 90 dias, ante 45% delas.
*Foto: Reprodução/