Obra de Marina Abramović, considerada a maior artista performática do mundo, está exposta desde o dia 3 de janeiro, no espaço Usina de Arte, em Água Preta, Mata Sul
Pernambuco será o primeiro estado do país a receber uma obra de Marina Abramović, considerada a maior artista de cultura performática do mundo. No último sábado (3), o espaço Usina de Arte, em Água Preta, Mata Sul, inaugurou o site specific Generator, primeira instalação em céu aberto da sérvia no Brasil.
Obra de Marina Abramović no Brasil
A obra de Marina Abramović, um muro com 25 metros de comprimento, 3 m de altura e 2,5m de largura, no qual estão aplicados 12 conjuntos com três almofadas de quartzo rosa (vindas de Minas Gerais), está instalada em uma área recém-expandida do parque artístico-botânico do espaço. O trabalho parte de reflexões da artista sobre a materialidade da natureza enquanto ferramenta para a cura. Uma de suas raízes é seu emblemático trabalho na Muralha da China em 1988, que marcou sua última parceria com o companheiro Ulay.
A instalação é feita para que o público tenha um contato físico com a obra, em um processo de interação que explora a forma como os materiais se conectam com os corpos, buscando uma restauração desses elos entre humano e natureza. Generator faz parte do conceito criado por Abramović de “objetos transitórios”, estimulando o público a ser parte ativa da obra.
Vale destacar que Marina Abramović esteve presente na inauguração. O evento foi aberto ao público. A Usina de Arte fica na Usina Santa Terezinha, na Rua Eucalipto, em Água Preta.
SOBRE MARINA ABRAMOVIC
Marina nasceu na antiga Iugoslávia e se formou em Belas Artes na década de 1970, começando seus primeiros trabalhos e iniciando a marcante parceria com o artista Ulay, criando performances icônicas como Rest Energy e The Lovers. Esta última marca o fim do relacionamento e da parceria artística, realizada na Muralha da China.
Em seus anos de trajetória, seu trabalho traz reflexões e conceitos sobre o uso do próprio corpo da artista e de integração do público na construção dos próprios sentidos da obra. E tal conexão entre artista e espectador é um dos principais pilares de sua estética, à exemplo do Generator. São trabalhos que muitas vezes colocam seu corpo em uma situação de vulnerabilidade, alcançando extremos de exigência física.
*Foto: Reprodução/Instagram Oficial