Profissionais da engenharia no Brasil revela o menor percentual de formandos
De acordo com estudo feito pelo especialista em análise de dados educacionais, Ernesto Faria, do portal Estudando Educação, o Brasil forma quase três vezes menos engenheiros do que os países desenvolvidos integrantes da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).
Sobre isso, o empresário industrial, reconhecido na economia nacional pelo seu engajamento social, Ernesto Heinzelmann, explica que uma organização, por exemplo, oferece uma função, cargo, uma atividade a ser desempenhada para o seu funcionamento. E na outra ponta há o funcionário com habilidades e competências a oferecer. Ou seja, é uma união entre estes dois papéis, e em qualquer área de trabalho. Juntos, eles acarretam em sucesso e crescimento profissional.
Por isso é tão importante que os formandos em engenharia ou outras áreas do conhecimento possam contar com uma infraestrutura por trás para se transformar em um profissional com as qualificações necessárias. É o que vamos ver ao longo deste artigo, confira.
Profissionais da engenharia no Brasil – qual a realidade?
Segundo relatório da OCDE, hoje, o Brasil possui o menor percentual de formandos em engenharia, indústria e construção, sendo apenas 4,6%. A verificação foi constatada a partir da pesquisa de Ernesto junto a 36 países. Por sua vez, o Chile aparece no estudo com 13,7% de titulados nessa área do total de pessoas que está se formando.
Contudo, quando a pesquisa de refere a média de países, o índice é de 12%. Todavia, os formandos da Coreia do Sul e Japão, correspondem a 23,2% e 19% do total, respectivamente.
Mapeamento
Vale destacar que há um mapeamento em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e outros órgãos do governo, com o de objetivo de identificar quais áreas do conhecimento, inclusive as engenharias, precisarão ter mais profissionais formados para atender as demandas do País nas próximas décadas.
Esforços
Além disso, os resultados desse mapeamento devem estar disponíveis nos próximos dois meses. neste caso, já se é sabido que a engenharia naval demanda um forte resgate para suprir a necessidade de profissionais.
Áreas preferidas de formação
Por outro lado, a Agência Brasil esclarece que as áreas preferidas de formação dos estudantes brasileiros no ensino superior são: ciências sociais, negócios, direitos e serviços (37,1%) e humanidades, artes e educação (29,3%).
Evasão no ensino superior
Mas, como fortalecer o ensino de engenharia no País, se ainda é preciso lidar com a questão da evasão escolar? Segundo o presidente da Federação Nacional dos Engenheiros, Murilo Pinheiro, dos mais de 100 mil que entram na universidade, saem 35 mil estudantes. O ideal seria chegar a 80 mil titulados anualmente.
Neste caso, ele lembra que antes havia muita evasão porque o curso é complexo e as oportunidades de trabalho eram escassas. Ou seja, os alunos não conseguiam concluir por falta de motivação. Porém, atualmente, o negócio mudou de figura, e os estudantes começam a trabalham aindadurante o ensino superior e já saem empregados em função do crescimento do país.
Por fim, para evitar o abandono do curso é preciso ter em mente como é a infraestrutura do ensino médio para que os alunos cheguem de fato ao ensino superior. Contudo, Pinheiro revela que algumas instituições têm se preocupado, no início da graduação, com o intuito de reforçar os conteúdos que os alunos deveriam ter aprendido na educação básica em áreas como matemática, por exemplo. Mas é preciso otimizar mais este tempo quando o estudante ingressa na universidade.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/jovem-engenheiro-trabalhando-na-fabrica_17050551.htm#fromView=search&page=1&position=2&uuid=fd49095a-660a-49fd-8710-9452f6667265