Com projeção da inflação, o PIB (Produto Interno Bruto) deve crescer 3,42% no ano que vem
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) deste ano subiu de 2,65% para 2,99%. A projeção da inflação foi divulgada, como todas as semanas pelo Banco Central (BC), no boletim Focus desta segunda-feira (26).
Projeção da inflação para 2021
Em relação à projeção da inflação em 2021, a estimativa é de elevação, de 3,02% para 3,10%. Já a previsão para 2022 e 2023 não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.
No cálculo deste ano, ele foi registrado acima do piso da meta de inflação que deve ser perseguido pelo BC. Portanto, a meta, que foi estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020. Mas com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso quer dizer que o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.
Sendo assim, para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo em cada ano.
Juros básicos
Para atingir a projeção da inflação, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estipulada hoje em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.
Em contrapartida, para o mercado financeiro, a estimativa é que a Selic feche 2020 em 2% ao ano. Já para o final de 2021, a estimativa é que a taxa básica atinja 2,75% ao ano. E para o final de 2022, a previsão é 4,5% ao ano e para o final de 2023, 6% ao ano.
Crédito mais barato
Além disso, quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato. Então, há um incentivo à produção e ao consumo. E isso diminui o controle da inflação e estimula a atividade econômica. Por outro lado, os bancos consideram outros fatores na hora de estabelecer os juros cobrados dos consumidores. Entre os quais: risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Contudo, quando o Copom eleva a taxa básica de juros o objetivo é conter a demanda aquecida. E isso tudo reflete nos preços, já que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
PIB e dólar americano
Em relação às instituições financeiras consultadas pelo BC, elas ajustaram a projeção da inflação para a queda da economia brasileira neste ano, de 5% para 4,81%. E para 2021, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de crescimento de 3,42%. Já para 2022 e para 2023, o mercado financeiro segue projetando ampliação do PIB em 2,50%.
Por fim, a previsão para a cotação do solar americano é fechar este ano em R$ 5,40. E para o final de 2021, a estimativa é que a moeda fique em R$ 5,20.
*Foto: Divulgação/Agência Brasil