Com o Programa Verde Amarelo é esperado a criação de 1,8 milhão de empregos até o fim de 2022, com o intuito de impulsionar a contratação de jovens entre 18 e 29 anos
Na semana passada, o secretário de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, esteve em Recife, a convite da Fecomércio-PE. Durante o encontro ele deu detalhes sobre a Medida Provisória (MP) 905/19, conhecida como Programa Verde Amarelo.
Programa Verde Amarelo
A criação do Programa Verde Amarelo pode gerar 1,8 milhão de empregos até o fim de 2022, para impulsionar a contratação de jovens entre 18 e 29 anos, que ainda não tiveram a oportunidade do primeiro emprego com carteira registrada. No encontro, estiveram presentes também empresários associados ao comércio e ao setor sucroalcooleiro, além do presidente do grupo EQM, Eduardo de Queiroz.
Destaque do programa
O secretário destacou que um dos pontos do Programa Verde Amarelo diz respeito ao microcrédito que prevê injeção de R$ 40 bilhões na economia. Em entrevista à Folha de Pernambuco, ele declarou:
“Nessa MP 905 nós retiramos toda burocracia da oferta de microcrédito e vamos trazer para o sistema bancário formal 10 milhões de brasileiros nos próximos 3 anos e investir R$ 40 bilhões nesse setor.”
Ele afirmou também que um contrato foi assinado, para que tenha uma cooperação técnica com a Febraban, com os números destacados.
Além disso, marinho voltou a defender, durante a palestra, a taxação de 7,5% de alíquota previdenciária destinada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sobre o seguro desemprego:
“Se contribuir, passa a contar para aposentadoria. Vai antecipar em cinco meses a aposentadoria […]. É uma vantagem para o trabalhador.”
Importância da MP do Programa Verde Amarelo
O secretário também explicou a importância da MP, no sentido de que 25% dos desempregados no Brasil se encontram na faixa-etária de 18 a 24 anos:
“Entre os que querem ingressar no mercado de trabalho o dado ainda é mais alto. São 40% nessa faixa para quem procura o primeiro emprego. E isso acontece por motivos de falta de qualificação profissional e falta de experiência, que reduz a produtividade.”
Atualmente, está em tramitação na Câmara Federal, em comissão especial, uma revisão da política do menor aprendiz:
“Todos nós temos interesse em qualificar mão de obra, melhorar a produtividade e permitir que jovens se insiram no mercado com qualidade.”
Já uma das alterações presentes na MP 905, de autoria da senadora Mara Gabrilli, é na intenção de quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Segundo Marinho, os beneficiários têm medo de entrarem no mercado de trabalho e perder o BPC:
“O projeto cria o auxílio inclusão, que permite que a pessoa continue com 50% do valor do BPC para que não tenha medo, caso venha a ser demitido no futuro.”
Fonte: Folha de Pernambuco
*Foto: Divulgação