Vinhos do Sudeste são reconhecidos em concursos internacionais, provando seu diferencial e qualidade
Recentemente, os vinhos produzidos na região Sudeste do Brasil se destacaram em um levantamento da Associação Nacional de Produtores de Vinhos de Inverno (Anprovin). Neste caso, dos 78 mil hectares de vinhedos plantados no país, o grupo conta 318. Apesar de ainda tímido, os resultados em concursos internacionais evidenciam que a qualidade é o diferencial que faz os rótulos desta região se destacarem.
Vinhos do Sudeste
Na semana passada, o renomado Decanter World Wine Awards anunciou os vencedores da atual edição. Sendo assim, os vinhos do Sudeste foram reconhecidos. Neste caso, os premiados foram: oito vinícolas de Minas Gerais – Casa Geraldo, Estrada Real, Artesã, Barbara Eliodora, Maria Maria e Sacramentos Vinifer – e São Paulo – Davo e Villa Santa Maria. Davo e Barbara Eliodora se destacaram ainda no Concours Mondial de Bruxelles e Barbara repete o feito no Syrah du Monde.
De acordo com o novo presidente da Anprovin, Cláudio Góes, que também é sócio da vinícola Góes, em São Roque (SP). o processo da dupla poda da uva tem início no campo, e com isso insere a vinícola no mapa de qualidade em nível internacional.
Turismo de terroir
Além disso, tal reconhecimento coloca o Brasil numa cadeia gastronômica, criando roteiros de enoturismo raiz. Na Davo, por exemplo, há vinhos premiados e café de excelência, ambos servidos nas refeições do hotel. Roteiros que podem ser chamados de turismo de terroir, com harmonizações próprias, e que reside na sua capacidade de conferir identidade e singularidade aos produtos, explica o sommelier Luciano Mestrich Motta. Ainda há o caso da Sacramento, na Serra da Canastra. E também o robusto percurso da Serra da Mantiqueira, repleto de queijos como os de Cruzília, com qualidade mundialmente reconhecida.
Outra tendência é investir em oliveiras para produção de azeites. Além de compotas e comidinhas. Todos estes fatores estimulam ainda mais a indústria do turismo.
Vinhos butique
Já em relação à produção de vinhos butique é possível impulsionar outras iniciativas e viabilizar a economia local, apesar de ainda não competitivos. Por sua vez, o enoturismo é o modo de mostrar o produto, afirma o sócio da vinícola Góes.
Expovitis Brasil 2024
Ele diz ainda que estará presente na Expovitis Brasil 2024, entre os dias 19 e 21 de julho. A Feira Nacional de Viticultura, Enologia e Enoturismo será em Brasília. O estande terá 23 produtores para degustações, masterclasses e venda direta.
Por fim, na vinícola Góes, o enoturismo representa 10% do faturamento. No entanto, um dado chama a atenção: 80% da produção de vinhos finos vão para os visitantes. E neste mês de julho, haverá novas áreas para receptivo. Tratam-se de projetos mais modernos que vão se juntar ao prédio histórico, construído pelos antepassados portugueses, que deram origem ao negócio da família, em um dos principais polos de vinho de mesa do País.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/um-fundo-de-vinhedo-cultivo-de-uvas-paisagem-agricola_136712309.htm#fromView=search&page=1&position=2&uuid=f234c539-4be1-44b9-a627-bebc69bb20cf