44 anos do Suape engloba investimentos da ordem de R$ 40 bilhões, que vão gerar crescimento nos próximos anos
Polo de desenvolvimento econômico, social e sustentável, o Complexo Industrial Portuário de Suape chega aos seus 44 anos de atividades com muitos projetos em andamento e implementados, além de sua autonomia retomada. Tudo isso é importante para desenvolver o setor de economia da companhia. No dia 7 de novembro, em 1978, foi criada a empresa Suape, com a finalidade de administrar a implantação do distrito industrial, o desenvolvimento das obras e a exploração das atividades portuárias. Atualmente, Suape está com investimentos privados de aproximadamente R$ 40 bilhões, que vão promover ainda mais crescimento para o complexo nos próximos anos.
Vale lembrar que em abril deste ano o Terminal Granéis Sólidos de Suape recebeu investimentos de quase R$ 60 milhões.
Além disso, entre os diversos projetos que estão dentro do montante de investimento que marcam os 44 anos do Suape, estão:
Esses projetos serão construídos ou já estão em implantação.
Contudo, a retomada da autonomia também foi essencial para a Zona Portuária de Suape, especialmente para o chamado Porto Organizado. Agora, a companhia, como autoridade portuária, passa a gerir e a conduzir os processos de licitação de arrendamento de áreas, tanto operacionais, como não-operacionais. Isso dará mais celeridade ao processo, tornando Suape ainda mais competitivo.
De acordo com Francisco Martins, novo presidente da empresa:
“Pela sua importância, pela irradiação de crescimento que provoca no seu entorno, afetando de uma forma positiva, Suape é estratégico e imprescindível. Foi por ter Suape, que investimentos mesmo longes do porto, como o polo automotivo e o polo da Hemobrás, tomaram a decisão de instalação em Pernambuco pela existência de um complexo industrial portuário, onde a produção pudesse ser escoada de forma muito eficiente pelo modal marítimo.”
A celebração dos 44 anos do porto vem acompanhada da nomeação de Francisco Martins, que era diretor de gestão portuária. Agora, ele assume a presidência do complexo para dar continuidade aos projetos. Já o ex-presidente Roberto Gusmão vai seguir para a iniciativa privada.
Desde sua concepção, Suape já considerava os mais atuais conceitos de sustentabilidade e de ocupação do território. O equipamento possui mais de 60% do seu território dedicado à Zona de Preservação Ecológica (ZPEC), o que gera diversos aspectos importantes. Um deles é que se constitui em Suape um pulmão verde, com grande captura de carbono, pontuou Martins.
“É uma área para que as compensações ambientais decorrentes dos empreendimentos que se instalam em Suape possam ser feitas dentro do próprio território.”
Outro conceito gerado positivamente pela ZPEC é que o porto evita afetar ou ser afetado pelo crescimento das áreas urbanas. Sendo assim, consegue se manter em pé apesar do crescimento urbano.
Suape também possui programas de caráter social, que tomam como referência padrões de mais alto nível das empresas que tenham responsabilidade socioambiental como princípio e prática. Um dos projetos é o chamado ‘Quintais Ecoprodutivos’, com o objetivo de auxiliar famílias em situação de vulnerabilidade social de diversas comunidades localizadas no território estratégico do Complexo de Suape. Famílias estão recebendo quintais para desenvolver pequenos espaços de agricultura familiar.
O monitoramento do ambiente estuarino da região também faz parte dos programas de Suape. A presença do cavalo-marinho evidencia a qualidade do bioma aquático na área portuária e o projeto Hippocampus, responsável pelas pesquisas e repovoamento da espécie que se encontra ameaçada de extinção, atua em parceria com Suape.
Em parceria com o Senai Pernambuco, por meio do Instituto Senai de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs), o complexo também lançou o Cluster SUAPE de Inovação Industrial. Com investimento de R$ 8 milhões para estruturação, o projeto reunirá pesquisadores, engenheiros e consultores do Senai-PE e profissionais de empresas e universidades nacionais e internacionais em um mesmo ambiente e impulsionará programas e projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para setores como logística, energias renováveis, meio ambiente, aeroespacial e manufatura avançada.
*Foto: Reprodução
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