Ainda falta 5G puro em Pernambuco e outras capitais, mas agência reguladorea liberou o sinal hoje (22), no Rio
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou na quinta-feira (18) as operadoras de telefonia a ligarem o 5G no Rio de Janeiro, Palmas, Florianópolis e Vitória a partir da próxima segunda-feira (22). Sendo assim, elas se juntarão às capitais: Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
A decisão foi tomada em reunião do Gaispi, grupo criado pela Anatel para cuidar da ativação da internet 5G na faixa de 3,5 gigahertz (GHz).
Todavia, o Conselho Diretor da Anatel também aprovou no dia 18 o adiamento da data de liberação do uso do 5G na faixa de 3,5 GHz para 28 de outubro nas demais capitais, o que inclui Recife (PE); Fortaleza (CE); Natal (RN); Aracaju (SE); Maceió (AL); Teresina (PI); São Luís (MA); Campo Grande (MS); Cuiabá (MT); Porto Velho (RO); Rio Branco (AC); Macapá (AP); Boa Vista (RR) Manaus (AM); e Belém (PA), de acordo com a sugestão pelo Gaispi dias antes.
Nas demais cidades do país, a ativação acontecerá gradualmente, até 2029.
Contudo, a agência afirma que tal medida foi necessária para permitir a conclusão das ações de desocupação da faixa e mitigação de eventuais interferências na recepção das estações do Serviço Fixo por Satélite.
Neste primeiro momento, o sinal do 5G chega às capitais do país restrito a alguns bairros, salvo exceções. Isso porque o edital do leilão determinou às operadoras a instalação de uma antena para cada 100 mil habitantes. Mas, o número vai crescer conforme o passar dos anos.
Todavia, nada impede que as operadoras instalem mais antenas do que o mínimo exigido. É o que vem ocorrendo nas capitais em que a tecnologia já está disponível. A área de abrangência de cobertura neste início do serviço faz parte da estratégia comercial de cada operador.
No Rio de Janeiro, segundo a Anatel, o número mínimo de antenas exigido no edital do leilão para ativação do serviço era de 252 para as três operadoras que vão atuar na capital (Claro, TIM e Vivo). Porém, a agência já recebeu 723 pedidos de licenciamento de antenas 5G na cidade, 287% a mais.
Em Palmas, o mínimo era 12 e já há 21 pedidos (175% a mais). Em Florianópolis, o mínimo era 18, mas já são 43 (239%). E em Vitória, mínimo era de 15, mas já são 29 pedidos de licenciamento (193%). Os números ainda podem aumentar nos próximos dias.
Para ativar o 5G, as operadoras necessitam instalar as antenas compatíveis com a tecnologia e filtros para evitar interferências com outras faixas de frequência. E também precisam iniciar a distribuição de kits de recepção do novo sinal das TVs parabólicas à população de baixa renda, que tem direito ao serviço.
Após concluírem a instalação de antenas e filtros, as operadoras comunicam o Gaispi, grupo criado pela Anatel para tratar da implantação do 5G. Em seguida, são feitos testes e, se não for verificado problema, o sinal é liberado.
Por fim, para ter acesso ao 5G, é preciso comprar um smartphone habilitado ao 5G.
A quinta geração permite velocidade até cem vezes maior que a atual rede 4G, além de impulsionar a implantação de objetos conectados nas indústrias e dar fôlego a carros conectados, por exemplo.
Entretanto, nas demais cidades brasileiras, o símbolo 5G que aparece nos telefones não é o 5G puro. É uma espécie de 4G "fingindo ser 5G".
*Foto: Reprodução
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