A cervejaria Backer divulgou ontem (4), que o resultado de dois laudos atestou que a água utilizada na fabricação de suas cervejas não estava contaminada com as substâncias monoetilenoglicol e dietilenoglicol.
Uma das análises teria sido feita sob responsabilidade do Departamentode Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O outro laudo teria vindo do Instituto deCriminalística da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
As amostras de água utilizadas nos testes foram recolhidas dotanque da sede da cervejaria Backer, situada em Belo Horizonte (MG). Em umcomunicado, a Polícia Civil disse que “não vai comentar nenhum resultadoisoladamente e falará sobre os exames, em momento oportuno, para não atrapalharos trabalhos”.
De acordo com a empresa, o resultado da Polícia Civil encontrousubstâncias somente nos locais onde são admitidos o uso de monoetilenoglicol noprocesso de produção das cervejas, ou seja, isso não seria considerado algoirregular. As substâncias tóxicas foram encontradas em dois lugares. A primeirana amostra de um refrigerante, que foi coletada no sistema de refrigeração. Já aoutra foi constatada em uma bombona de metal.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)anunciou no dia 15 de janeiro, que tinha água contaminada com dietilenoglicol,encontrada em uma fase anterior ao tanque de fermentação, local onde asusbtância já havia sido detectada.
Ao serem questionados sobre isso ontem (4), a pasta dissenovamente que a “detecção de traços dos contaminantes dietilenoglicol emonoetilenoglicol nas análises realizadas nas amostras de água residual dotrocador de placas e do tanque de água fria. As amostras foram colhidas no dia10/01/2020 pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal/Mapa”.
Porém, a Backer também ressaltou em nota que o “omonoetilenoglicol é utilizado somente na parte externa dos tanques defermentação e maturação da cerveja, etapas que são posteriores ao resfriamentodo mosto” e que “o trocador de placas não participa desse processo”.
A cervejaria ainda disse que “o tanque de refrigeração debrassagem contém apenas água gelada, sem contato com nenhum produto químico”.
Atualmente, a síndrome nefroneural levou a óbito seis pessoasem Minas Gerais e ainda gerou a internação de outras 24, num total de 30 casossuspeitos.
Em nota, a Polícia Civil revelou que já ouviu 24 pessoas,entre vítimas e parentes. E que os depoimentos têm por objetivo compreendermais sobre os acontecimentos que antecederam o momento da intoxicação pelacerveja da empresa Backer.
O órgão afirma também que “as amostras recolhidas tanto na cervejaria, quanto da empresa química que vendia o monoetilenoglicol, continuam sendo analisadas pelas equipes de peritos do Instituto de Criminalística (IC), de forma criteriosa” e que, por enquanto, não existe previsão para o encerramento da maioria dos laudos.
A PCMG divulgou ainda que os laudos que estão concluídos já foram disponibilizados para averiguação dos advogados da Backer, “atendendo aos princípios constitucionais e modernos atinentes ao inquérito policial”.
Fonte: O Globo
*Foto: Divulgação / DouglasMagno/AFP
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