Amanhã começa a terceira edição do evento LER – Salão Carioca do Livro. Com o intuito de expandir a conexão literária com a cidade do Rio de Janeiro, a iniciativa também promove a diversidade.
O evento começouem 2016, no Boulevard Olímpico e no ano passado com a reabertura da BibliotecaParque Estadual, no centro do Rio. A terceira edição, além da ocupação mais umavê do prédio da Presidente Vargas, também contará com mais um espaço paraagregar conhecimento, trata-se do Campo de Santana. O lugar terá uma passarelatemporária entre os locais públicos vizinhos, que foi inspirado em um projetode Darcy Ribeiro (1922 -1997) e que poderá ser acessado até o próximo domingo,24 de novembro. Sobre isso, um dos curadores da LER, Julio Silveira, destacouao jornal O Globo:
“Para Darcy, não deveria haver diferenciação entre o público da Biblioteca Parque e o do Campo de Santana. É o que buscamos, com várias atividades nos dois lugares, além da gratuidade para todo o evento. Em muitos eventos realizados no espaço público, o discurso da inclusão contrasta com o alijamento da vizinhança e da população em situação de rua. Vamos na direção oposta, até pela proposta abrangente da Biblioteca Parque.”
Já a partirdas ações que continuam após o evento, a LER vai reativar em 29 de novembro aBiblioteca parque do Alemão, que estava fechada desde 2016. A reabertura seráviabilizada em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura e EconomiaCriativa.
Silveiraressalta que o intuito não é ficarem presos a um local específico, pois para oano que vem, a ideia é realizar a quarta edição na Quinta de Boa Vista e aindaretomar as atividades culturais no Museu Nacional. Silveira também afirmou:
“Nestas três edições nos concentramos mais no Centro justamente por ser o coração da cidade, por onde pessoas de todos os bairros e da Região Metropolitana passam.”
A LER desteano vai homenagear os escritores Luis Fernando Verissimo e Zuenir Ventura, e acantora Elza Soares. O evento ainda apresentará uma exposição sobre MonteiroLobato.
No primeirodia de festival literário, será realizada mesas dedicadas ao Dia Nacional daConsciência Negra: “Nossa voz, nossa vez” (19h30), com Giovana Xavier e LuanaGénote Flávia Oliveira.
O curadorconta que desde a primeira edição este tema já vinha à mente, “até porquecomeçamos no porto, a 200 metros do Cais do Valongo”. No entanto, ele deixaclaro que este assunto não será abordado apenas amanhã (20), e também integraráo último dia de festival, com a mesa dedicada à Elza Soares, considerada umvetor da cultura negra.
Outros nomesrenomados figuram entre os 550 autores convidados do salão da LER. É o caso dacolunista e jornalista Miriam Leitão e das escritoras Kiusiam de Oliveira eLuísa Geisler. O ponto comum entre as três é que todas sofreram situações decensura recentemente no país. Silveira explica:
“Buscamos o debate mais amplo possível, que abarque todas as correntes. A ideia é voltar à conversa olho no olho, que o algoritmo das redes eliminou.”
A LERacontecerá no Campo de Santana e na Biblioteca Parque Estadual situada à Av.Presidente Vargas, 1261 (21 3171-7505).
O eventoocorre entre os dias 20 e 24 de novembro, das 10h às 21h, no Parque Estadual, edas 10h às 19h, no Campo de Santana.
A entrada é gratuita e classificação livre.
Fonte: O Globo
*Foto: Divulgação / Marcelo Theobald –Agência O Globo
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