Em 2020, Biblioteca Nacional deixa de emitir ISBN de livros

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) deixará de emitir os ISBN (International Standard Book Number) de livros a partir de 1º de março de 2020. Quem passará a emitir o registro em seu lugar será a Câmara Brasileira do Livro (CBL). Criado em 1967 por editores ingleses, tal identificação é concedida pela Agência Internacional do ISBN, sediada em Londres.

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ISBN – funcionalidade

O ISBN funciona como um documento de identidade do universoliterário, por meio de um código gerado a partir do título, autor, país eeditora responsável. Em 1972, o código se transformou em regra internacional, eno Brasil passou a ser emitido pela Biblioteca Nacional em 1978.

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A partir daí, foi firmada uma parceria com a Fundação Miguelde Cervantes, a biblioteca gerenciava os recursos captados com a emissão doregistro. No ano passado, a Agência Internacional do ISBN mudou sua gestão esistema operacional internacional e ainda vetou contratos triangulares como oda FBN e FMC. A FMC, com o aval da biblioteca, se candidatou à vaga, porém, aagência internacional determinou que a CBL será a nova responsável pela emissãodo ISBN.

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Nota da FBN

Em nota, a Biblioteca Nacional lamentou não ser mais aresponsável pela emissão do ISBN no país. A decisão “acarretará adescontinuidade do apoio para a realização de projetos culturais, comoexposições, cursos, prêmios e ações de proteção ao patrimônio físico da FBN”.

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A perda da receita acontece duas semanas depois da chegada deRafael Nogueira à presidência da Biblioteca Nacional, substituindo HelenaSevero. Nogueira afirma em um trecho da nota:

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“Vamos procurar outras parcerias que já estão em vista e a Biblioteca Nacional não deixará de cumprir os seus calendários cultural e de obras. O orçamento anual já está garantido e seguiremos o caminho traçado.”

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Segundo dados informados pela FBN, entre os meses de janeiroe novembro deste ano, a Fundação Miguel de Cervantes contabilizou 102.297números de ISBN atribuídos aos editores.

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Alteração do valor de cobrança

Em outra passagem do comunicado, o FBN alerta sobre a mudançano valor de cobrança na emissão do ISBN. Porém, ao ser questionada pelo jornalO GLOBO, a CBL negou este fato, conforme afirmação do presidente da câmara,Vítor Tavares:

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“A Câmara Brasileira do Livro estuda há muito tempo a possibilidade de assumir o serviço de emissão de ISBN no Brasil. Em setembro de 2018, manifestamos o interesse da CBL à Agência Internacional do ISBN, em Londres.”

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Ele ainda ressaltou que a decisão de pedir a gestão do ISBNfoi tomada depois de uma longa demanda de editores “que manifestavamdificuldades com o serviço”. Tavares afirma que foi realizada uma avaliação pororganizações que assumem esta tarefa em vários países, como Alemanha, Espanha ea própria Inglaterra.

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A CBL foi fundada em 1940 e é uma associação que reúneeditores, distribuidores e livreiros. Hoje, as editoras desembolsam R$ 22 porISBN emitido. Antes, pagavam R$ 290 para se cadastrar em um sistema virtual.

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ISBN britânico

Na Inglaterra, a companhia responsável pela emissão do ISBN é a Nielsen Book, que é especializada no segmento livreiro e presta serviços de consultoria a outros países, incluindo o Brasil. Já na Espanha, quem comanda esta atividade é a Federación de Gremios de Editores de España, associação privada do mercado editorial.

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Fonte: O Globo

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*Foto: Divulgação /Márcia Foletto – Agência O Globo

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