Quem decidiu ir às praias de Itapuama, Barra da Jangada e Jaboatão, no entanto, não se arriscou a entrar no mar contendo óleo
No GrandeRecife, algumas das praias onde foram detectadas derramamento de óleo estavammais vazias na manhã de ontem (27). Entre elas, as de Barra da Jangada,Jaboatão dos Guararapes, e Itapuama, situada no Cabo de Santo Agostinho, ospoucos banhistas que estavam nestes locais, não quiseram arriscar entrar no marnestas condições.
Com as manchasnas praias citadas acima, comerciantes reclamam que estão sendo prejudicados emfunção da pouca procura pelos seus produtos. Contam que as vendas estão muitoabaixo do que costuma ser neste período do ano e estão em busca de uma soluçãopara não arcarem com o dano.
Nestaspraias, ainda há a presença de muitos voluntários para ajudarem na retirada dosresíduos de óleo. É o caso da trabalhadora autônoma Gerlaine Becker, de 56anos. Ela é moradora de Barra da Jangada e afirma que desde os primeiros dosurgimento das manchas nesta praia tentou ajudar da forma que foi possível emrelação à limpeza do local. ontem, Gerlaine chegou lá por volta das 7h econtinuou auxiliando os demais. Em declaração à Folha de Pernambuco, elaressaltou:
“Essa situação toda é muito triste. Me sinto vítima de uma crueldade humano, mas precisamos nos unir para salvar nossas praias”.
Já emItapuama, as doações de equipamentos de proteção individual (EPIs), além de águae alimentos têm chegado à praia. E sempre aparecem voluntários dispostos aajudar na retirada do óleo junto à costa.
Porém, onúmero de banhistas também reduziu no local. Maria dos Prazeres Silva, de 54anos, e é comerciante nesta praia, conta que em duas décadas em que vendelanches em Itapuama jamais presenciou algo deste tipo.
“Infelizmente, não sabemos nosso futuro. Estamos de mãos atadas sem saber o que fazer para contornar esta situação”.
No últimosábado (26), foi realizada uma entrevista coletiva com representantes da AgênciaEstadual de Meio Ambiente (CPRH). Eles afirmaram que não é recomendado sebanhar nas praias onde houve derramamento de óleo. Mas, ao mesmo tempo, disseramque se não houver resíduos aparentes na água, que os visitantes poderiam sebanhar, e que também vale neste caso o bom senso.
12 equipesestão responsáveis por fazer o monitoramento, segundo informações da agência. Cercade 40 pessoas estão em campo e mais 20 que auxilia o pessoal da SecretariaEstadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas).
No início desetembro veio a constatação dos primeiros indícios de mancha de óleo. Até aúltima sexta-feira (25), foram recolhidas 1.447 toneladas do resíduo emPernambuco, afirma o governo estadual.
41 praias doGrande Recife foram atingidas pelas machadas, além de sete rios nas cidades de:Barreiros, Cabo de Santo Agostinho, Goiana, Ilha de Itamaracá, Ipojuca,Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Recife, Rio Formoso, São José daCoroa Grande, Sirinhaém e Tamandaré.
Isso sem contar outros estados do Nordeste que também enfrentam o mesmo problema. É o caso de Alagoas, que no dia 16 de outubro recebeu a equipe técnica do IMA (Instituto do Meio Ambiente) nas praias do litoral Norte e Sul do estado e deu um parecer sobre a real situação, relembre aqui.
Fonte: Folha de Pernambuco
*Foto: Reprodução / Ed Machado –Folha de Pernambuco
Aproveite para compartilhar clicando no botão acima!
Visite nosso site e veja todos os outros artigos disponíveis!