OMS não recomenda uso de dexametasona em casos leves de Covid-19

Entre os efeitos colaterais pelo uso de dexametasona está o aumento da taxa de glicose e da fraqueza muscular

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Hoje foi divulgado pelo diretor-executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan, que o uso de dexametasona é uma opção apenas em casos severos de Covid-19, aqueles que se encontram internado em UTI, sob supervisão médica. Seu uso pode trazer risco a outros pacientes, com sintomas mais leves.

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Ryan afirma que o corticosteroide não combate o vírus, porém, ele diminui a inflamação causada pela doença, o que acarreta na continuidade dos pacientes absorvendo o oxigênio na UTI. Cientistas da Universidade de Oxford afirmaram ontem (16), que o medicamento reduz a mortalidade nos casos mais graves de coronavírus, a partir de um ensaio clínico que foi realizado com 6.000 pacientes, mas que ainda não foi publicado em revista científica.

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“Isto não é para casos leves nem para prevenir a doença. Na verdade, esteroides, principalmente esteroides poderosos, podem estar associados com a replicação de vírus, ou seja, eles podem facilitar a divisão e a replicação dos vírus no corpo. Por isso é excepcionalmente importante que esse medicamento seja reservado para casos severos.”

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Efeitos colaterais do uso de dexametasona

Entre os efeitos colaterais pelo uso de dexametasona, está o aumento da glicose e da fraqueza muscular. Os especialistas também indicaram aumento da pressão arterial. Ryan afirmou que os dados, ainda preliminares, de acordo com a OMS, serão analisados pela organização, com resultados de outros trabalhos semelhantes, para atualizar as recomendações de tratamento da doença. A OMS afirmou em comunicado que aguarda a divulgação das informações nos próximos dias.

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Vale ressaltar que outros medicamentos já foram estudados e até utilizados desde o início da pandemia. É o caso do remédio Nitazoxanida (mais conhecido como Anita) e a cloroquina, que já gerou diversos debates ao redor do mundo.

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Ainda sobre o uso de dexametasona, Ryan diz que o resultado dos estudos é “muito bem-vindo, mas é uma de muitas descobertas que ainda serão necessárias até conseguirmos vencer o coronavírus”.

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Já o diretor-geral da organização, Tedros Adhanon Ghebreyesus, disse em um comunicado publicado ontem (16) que:

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“Esse é o primeiro tratamento que mostra reduzir mortalidade em pacientes com Covid-19 que precisam de oxigênio ou ventilação mecânica.”

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Governo do Reino Unido e a Universidade de Oxford

Ghebreyesus aproveitou a ocasião para comemorar os resultados obtidos e também parabenizou o governo do Reino Unido e a Universidade de Oxford pela condução do estudo. Conforme o comunicado dos cientistas da Universidade de Oxford, o corticoide diminuiu em aproximadamente 35% das mortes em pacientes que estavam em ventilação mecânica. Para os infectados que dependiam de suporte de oxigênio suplementar, sem a intubação, a redução de mortes foi de quase 20%.

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O estudo não encontrou benefícios do uso de dexametasona em pacientes que apresentaram a forma mais leve da doença. Os resultados completos da pesquisa ainda não foram publicados, e os coordenadores do estudo afirmam que trabalham para que esses dados estejam disponíveis em breve.

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No Brasil, um grupo de médicos de alguns dos principais hospitais do país, que participam da Coalizão Covid Brasil e testam potenciais terapias contra a Covid-19, conduz um teste sobre o uso do corticoide nesses pacientes. Os resultados preliminares da pesquisa devem estar disponíveis até o começo de agosto.

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Fonte: Folha de Pernambuco

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*Foto: Divulgação

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Correio do Grande Recife