A XDEX, plataforma de compra e venda de criptomoedas, opera com uma meta de desenvolvimento de ao mesmo 30%, em relação à sua base de clientes para 2020. A afirmação é do presidente-executivo da companhia, Cesar Tashiro, que aposta na educação e na disseminação de informações sobre o mercado como elementos para atrair novos investidores:
“Quanto mais a pessoa souber sobre o assunto, mais confiante se sentirá (para investir).”
Tashiro não revela o atual número de clientes da plataforma de criptomoedas, que possui entre seus principais clientes, acionistas da XP Controle e General Atlantic.
Curso online pela plataforma de criptomoedas
A XDEX informou semana passada que criou um curso online para iniciantes sobre bitcoin, totalmente gratuito.
Além disso, o presidente ainda mencionou um maior número de funcionalidades no aplicativo da empresa como outro atrativo que deve garantir uma operação mais eficiente e ajudar no crescimento da base de clientes, alinhado a abrir mais frente em um mercado ainda desconhecido por muitas pessoas.
A empresa de criptomoedas ainda se considera uma startup, mesmo sendo fundada em outubro de 2018. Apesar de ser próxima do pessoal da XP e ter uma expertise na área vinda de seus sócios no mercado financeiro, não existe compartilhamento de base, muito menos ações conjuntas. Tashiro revela que, de acordo com o ranking do site “CoinMarketCap”, a XDEX ocupa o quinto lugar em relação ao volume transacionado no Brasil, com um tíquete médio de cliente de R$ 2 mil.
Negociação de criptoativos
Já no setor de plataformas de negociação de criptoativos, a corretora disputa o segmento com nomes bem conhecidos, como Foxbit e Mercado Bitcoin. Porém, diferente de seus concorrentes, os usuários da XDEX só podem investir ou sacar dinheiro em reais. E também não permitido que o cliente transfira criptoativos, como o bitcoin, para outras carteiras (wallets) ou exchanges.
Do ponto de vista de Tashiro, no entanto, não se trata de um fator que impeça o crescimento da plataforma de criptomoedas. Pelo contrário, o padrão alto de controles internos faz com que os que querem ter alguma exposição com criptoativos não tenham que lidar com eventuais problemas de segurança em um mercado que tem registrado aumento no roubo de moedas digitais, em função da ampliação dos volumes negociados.
Aquisições e parcerias
A XDEX também enxerga que possa crescer via aquisições ou parcerias, especialmente por parte de estrangeiros, comenta o executivo:
“Tivemos algumas conversas… Eles estão muito à frente em relação ao Brasil, agregaria muito à estratégia da empresa.”
Em recente declaração à Reuters, Thais Gobbi, que é advogada e especialista no tema, além de sócia no escritório Machado Meyer, disse que existem investidores estrangeiros que têm interesse em entrar no mercado de negociação de criptomoedas no Brasil. Porém, ainda é preciso ter normas regulatórias mais transparentes para este tipo de operação.
Criptomoedas – Receita Federal
De acordo com dados de outubro de 2019, no site da Receita Federal, do Ministério da Economia, os valores totais de criptoativos transacionados no país aumentaram R$ 2,1 bilhões, o que inclui as operações liquidadas em exchanges brasileiras.
Desde agosto de 2019, a Receita Federal passou a exigir que plataformas que negociam criptomoedas reportem ao governo os dados sobre as transações de seus clientes, assim como que as pessoas físicas notifiquem sobre negócios que ultrapassarem R$ 30 mil em um determinado mês.
Fonte: Forbes UOL
*Foto: Divulgação