Câncer de próstata tem neste tipo de intervenção cirúrgica como um dos tratamentos mais efetivos
Atualmente, a cirurgia robótica tem sido uma grande aliada no tratamento para o câncer de próstata. Isso porque, além de reduzir os riscos de morte e favorecer a recuperação do paciente, o procedimento reduz as chances de incontinência urinária e de impotência sexual.
Câncer de próstata
A técnica que beneficia o paciente com câncer de próstata não é tão recente. Porém, ainda está em expansão. Já a primeira cirurgia robótica para este câncer no Brasil foi realizada em 2008 e hoje o número de procedimentos se aproxima dos 40 mil, com estimativa de aumento de 20% ao ano, de 2022 em diante, conforme dados do INCA.
Precursores da cirurgia robótica no Brasil
Além disso, um dos precursores da cirurgia robótica no Brasil, o cirurgião Marcos Dall’Oglio, revelou ao portal Só Notícia Boa que migrou para esta nova modalidade porque “a técnica é mais delicada e pouco agressiva, preservando estruturas nobres com melhores resultados para a qualidade de vida do paciente”.
Contudo, vale destacar que há outros tratamentos no mundo para o câncer de próstata. É o caso da técnica de Indução de Proteínas de Choque Térmico, desenvolvida pelo médico brasileiro, radicado nos Estados Unidos, Marc Abreu. Neste procedimento, foi possível reverter a condição do paciente Caetano Miranda Neto, um engenheiro aposentado, que sofria de dores insuportáveis por conta de seu câncer de próstata e que passou a comprimir sua medula óssea.
Menor risco de complicações
No caso do Dr. Marcos Dall’Oglio, ele revela que a prostatectomia radical é o tratamento mais utilizado para o tumor na próstata, o segundo mais comum entre os homens (atrás do câncer de pele não-melanoma).
O médico alerta também que o grande problema da cirurgia aberta é o risco de sequelas, como a incontinência urinária e a disfunção erétil. Quando a prostatectomia radical é realizada por cirurgia robótica as chances de incontinência urinária e de impotência sexual reduzem significativamente.
“A glândula, que produz parte do sêmen, fica numa região muito rica em estruturas vasculonervosas e do esfíncter urinário”, explica o urologista Marcos Dall’Oglio.
Declaração do paciente
Segundo o jornalista Rinaldo de Oliveira, de Brasília:
“Eu fiz a cirurgia robótica para retirar o câncer de próstata em outubro de 2021. 24 horas depois tive alta e saí andando do hospital. A incontinência urinária acabou 3 meses depois e a urina voltou ao normal. A ereção também voltou. Fiquei zerado. O plano de saúde não cobriu a cirurgia robótica na época, tive que pagar, mas foi o melhor investimento que fiz.”
Planos de saúde não cobrem cirurgia
No entanto, a cirurgia robótica ainda não é coberta por planos de saúde no Brasil. Alguns pacientes conseguiram realizar o procedimento via judicial.
Como funciona a cirurgia
Com a cirurgia robótica, o cirurgião tem uma visão ampliada e em alta definição, permitindo uma precisão bem maior para fazer o procedimento.
Os instrumentos cirúrgicos delicados ajudam a reduzir significativamente o sangramento durante a operação e as incisões são muito pequenas.
Portanto, isso resulta em menos dor e trauma para o paciente, que se recupera mais rápido com menos tempo de internação e retorno antecipado à rotina. Em alguns casos a alta hospitalar ocorre 24 horas após a cirurgia.
O câncer de próstata é mais comum depois dos 55 anos de idade. Os fatores de risco para a doença relacionam-se a homens com histórico familiar do tumor, sobrepeso e avanço da idade.
A prevenção anual é fundamental para a detecção precoce da doença.
*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/vista-traseira-do-cirurgiao-masculino-usando-mascara-cirurgica-no-teatro-de-operacao-no-hospital_28003543