Polo Digital de Manaus terá como sede o antigo Hotel Cassina, que está hoje sob escombros, pelo valor de R$ 19 milhões
Graças a uma parceria entre criadores do ecossistema de inovação de Recife, Porto Digital, e de atores locais, Manaus vai entrar para a era de inovação com seu primeiro polo digital. A ideia é criar outras matrizes econômicas que diminuam a dependência da região da Zona Franca de Manaus.
Polo Digital de Manaus
No dia 6 de fevereiro deste ano foi criada a Associação do Polo Digital de Manaus (APDM), nos mesmos moldes do projeto da capital pernambucana, ou seja, focadas em áreas, como: governança para o crescimento estruturado do polo e de aspectos de impacto social, o que inclui a capacitação de mão de obra local. Sobre isso, o prefeito da capital amazonense, Arthur Virgílio, declarou à Forbes Brasil:
“O Porto Digital foi nossa inspiração, e essa colaboração ilustra nossa intenção de inserir Manaus na economia 4.0.”
Vale lembrar que a Porto Digital também abraça projetos culturais, como o Festival REC’n’Play.
Hotel Cassina
O projeto físico do polo digital também envolve a revitalização do centro histórico de Manaus. O investimento é de R$ 19,2 milhões destinado ao restauro de um dos pontos focais do futuro distrito de inovação: o Hotel Cassina, que hoje se encontra sob escombros e poderá ter uma nova vida até o fim deste ano, complementa o prefeito:
“Poderíamos ter construído um novo local para o casarão da inovação, mas a escolha desse hotel traz um forte contraste entre o desperdício e a irresponsabilidade do tempo dos barões da borracha e a transformação positiva trazida pelo empreendedorismo digital.”
Criador da Porto Digital
Já para cuidar da implementação física do futuro distrito amazonense, a prefeitura de Manaus contratou um dos criadores do Porto Digital recifense, Cláudio Marinho.
A APDM deverá assumir o papel de destaque nessa transformação de inovação, e que conta com cinco membros fundadores: o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), que é um dos fundadores do Porto Digital; a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex); o Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia; o Instituto de Pesquisas Eldorado e o coworking ValleyUp.
Polo Digital em dígitos
Para tal implantação será necessário o investimento de R$ 800 milhões para pesquisa e desenvolvimentos em recursos vindos da Zona Franca.
Em um recente levantamento foi constatado que atualmente a área total dos 70 prédios históricos e privados que se encontram abandonados possui 45 mil m². Eles poderão ser restaurados e ocupados por empresas da nova economia.
O novo distrito de inovação terá capacidade para comportar 9.000 pessoas.
Além disso, de acordo com a Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação de Manaus (SEMTEPI), esta região terá 100% de isenção de IPTU e taxas municipais como alvarás, taxas sanitárias ou ambientais pelo período de 10 anos para empresas que se instalarem no novo distrito.
Fonte: SENTEPI e Forbes Brasil
*Foto: Divulgação