Robô opera pacientes e novas tecnologias vêm ajudando a salvar vidas; Globo Repórter contou a história do Edson, que precisou passar por cirurgia de remoção da próstata, após ter recebido o diagnóstico de um tumor
Recentemente, o programa Globo Repórter destacou as novas tecnologias que têm ajudado a salvar vidas. A reportagem mostrou a história do Edson Kohan Kamia, que precisou passar por cirurgia de remoção da próstata, após ter recebido o diagnóstico de um tumor ainda em fase inicial.
A cirurgia contou com a assistência de um robô, equipado como um cirurgião – ele tem braços que seguram instrumentos cirúrgicos e microcâmeras, mas não opera sozinho: é controlado por mãos humanas, as do médico que opera a partir de um console semelhante a um videogame. Veja no vídeo.
Robô opera pacientes com ajuda humana
O robô opera pacientes com ajuda humana, explica o uro-oncologista do Hospital Albert Einstein, Ariê Carneiro. Ele comandou o robô na cirurgia do Edson. Segundo o doutor, a cirurgia robótica tem se mostrado bem estabelecida para o tratamento do câncer de próstata: com cerca de 90% de chance de cura, sem precisar de quimioterapia, radioterapia ou alguma coisa mais. Além de ser minimamente invasiva, sem grandes cortes. Isso proporciona menos sangramento e diminui as chances de complicações.
“Tem gente que tem aquela noção que dá um play no robô e ele faz tudo. Não é. O robô é uma ferramenta que nós utilizamos para trazer uma melhor qualidade da técnica cirúrgica para manter a qualidade de vida do paciente, o que também é importante, tão importante quanto à cura”, destaca o uro-oncologista.
Indução de Proteínas de Choque Térmico
Outro método que vem sendo difundido a cerca do tratamento do câncer de próstata é o de Indução de Proteínas de Choque Térmico. Ele é não invasivo e desenvolvido pelo médico brasileiro radicado nos Estados Unidos, Marc Abreu. A tecnologia deste tratamento fez com que o paciente Caetano Miranda Neto parasse de sofrer com tantas dores, inclusive, sofrendo uma compressão na medula.
Cirurgia de Edson Kohan Kamia
No caso da operação do Edson Kohan Kamia durou menos de uma hora e foi feita com sucesso. No dia seguinte, ele já estava pronto para ir para casa. E 10 dias depois, estava caminhando como o médico mandou:
“Todo mundo se admirava. Fala, ‘nossa, você operou segunda-feira?’ Eu falei: sim. Aí hoje a gente está o quê? Há nove dias e eu não sinto nenhuma dor, nada”, relata o aposentado.
A tecnologia do hospital Albert Einstein
No Hospital Albert Einstein há uma sala de treinamento, onde os médicos praticam e aperfeiçoam suas habilidades na operação do robô.
A instrutora explica os comandos como se fosse mesmo um jogo em que é preciso avançar de fase. As possiblidades de movimento extrapolam o que as mãos humanas são capazes de fazer.
“O fato de o instrumental girar completamente, mais de 360 graus, isso não acontece nem com o punho humano. É uma outra dimensão de movimento”, destaca Sérgio Araújo, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Albert Einstein.
Conserta pequenas falhas humanas
Além disso, outra vantagem do robô é que a máquina conserta pequenas falhas humanas, como um tremor das mãos, permitindo que os movimentos do cirurgião sejam mais precisos.
Por fim, Sérgio Araújo diz que “o cirurgião transmite comandos elétricos até essa parte da pinça que transmite comandos mecânicos até a ponta da pinça. Isso permite que o movimento do cirurgião seja filtrado, corrige. Se eu faço um movimento muito irregular aqui fora, isso não é transmitido para o paciente”.
*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/cirurgioes-profissionais-em-epi-realizam-procedimento-medico-gerado-por-ia_42130451