Zona da mata pernambucana tem festas centenárias o ano todo

Zona da mata conta com maracatu rural e papangus como tradição nos municípios de Nazaré da Mata e Bezerros

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A Zona da Mata e o agreste do estado de Pernambuco contam comtrês cidades, localizadas a menos de duas horas da capital, Recife, e que atéhoje realizam festas típicas, com direito a ensaios e espaços culturaisdedicados a apresentá-los aos visitantes durante o ano todo.

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O que mais atrai os turistas entre os três Carnavais é omaracatu rural, surgido no final do século 19, na Zona da Mata. Ele reúnetraços das culturas africana, europeia e indígena. Naquele tempo, quem deuinício ás festividades foram os trabalhadores das lavouras.

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Atualmente, há mais de cem grupos de maracatu rural e 14 milbrincantes espalhados pelo estado, afirma o Instituto do Patrimônio Histórico eArtístico Nacional (Iphan), que registrou essa manifestação folclórica comopatrimônio cultural, em 2014.

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Zona da mata e suas festividades

Apesar da chegada de outras indústrias na Zona da Mata, acana-de-açúcar permanece como líder. A maioria dos participantes dos festejosdesta região ainda trabalha em usinas de açúcar, conta o cientista social doIphan pernambucano, Giorge Bessoni.

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A maior parte dos grupos de maracatu fica situada na regiãoda mata norte, onde está localizada Nazaré da Mata, município considerado oberço desse “folguedo” (palavra usada para descrever festas populares decaráter lúdico). Só nesta cidade, existem 17 grupos, entre os quais: o CambindaBrasileira, que foi fundado em 1918, e é o que está há mais tempo em atividadeininterrupta.

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Apenas com uma orquestra de percussão e sopro, o cortejo deum único grupo por ter mais de cem integrantes e todos eles comandados por ummestre. A cada som de seu apito, o grupo reverencia e escuta as loas (como sãochamadas as trovas cantadas pelo mestre).

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Caboclos

O cortejo do maracatu rural conta com rei, rainha e baianas,que vão na linha de frente. Porém, o que mais o identifica são os caboclos delança.

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Essas figuras são vistas somente neste tipo de folguedo,conhecido também como maracatu de baque solto. Já o maracatu de baque virado,ou “nação”, comum em áreas urbanas, se diferencia por ter orquestra composta apenaspor instrumentos de percussão.

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Os caboclos são fáceis de reconhecer na multidão, já que usamchapéus grandes com fitas longas e finas feitas de material brilhante, queremetem a uma cabeleira. Nas mãos, empunham lanças, além de vestirem um mantobordado e colorido, e levarem sacos de chocalhos presos ao corpo. Cada um delesrepresenta um ano em que o participante desfilou.

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Festa dos papangus

Já em Bezerros, outra cidade da Zona da Mata, acontece a festados papangus. Ela é tão velha quanto o maracatu rural. Reza a lenda que parentesdos senhores de engenho saíam mascarados para visitar amigos nos entrudos,celebrações trazidas pelos portugueses do século 17. Essas folias aconteciam navéspera da Quaresma e passaram a integrar o Carnaval popular de rua.

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Já os blocos de papangus surgiram só na década de 1930. Os brincantesdesfilam ao som de frevo e vestidos dos pés à cabeça, com luvas e máscaras. Antigamente,eles também cobriam o rosto com um capuz de três furos, para olhos e boca. Asmáscaras, que hoje são bem elaboradas, ainda são o principal símbolo da festejo,situado na Zona da Mata.

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A cidade conta com 50 grupos de papangus, onde o artista LulaVassoureiro, 75 anos, é um dos maiores produtores de máscaras. Ele integra aterceira geração da família a desempenhar o ofício.

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Ele umedece tiras de jornais velhos na água e as gruda comuma cola feita de trigo em um molde de máscara. O artesão leva cinco minutospara montar uma máscara, sem a pintura.

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Zona da Mata – exposição permanente

Em Bezerros, na Estação da Cultura, existe uma exposiçãopermanente de fantasias e máscaras de papangus. O nome papangu se refere aocomedor de angu, prato típico da região, preparado com fubá, água e sal, queaté hoje é servido aos foliões, afirma o curador da mostra, Roberval Lima, 50anos.

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A cidade também abriga a cultura dos cordéis, que atrai osturistas, pois trata-se da terra natal de J. Borges, 84 anos, cujas xilogravurassão conhecidas em todo o mundo. Quem for visitar seu ateliê e tiver sorte,poderá ver o próprio trabalhando.

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Suas obras são vendidas no Centro de Artesanato, espaço que possui um museu do artesanato pernambucano, com bonecos e a renomada renda Renascença.

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Fonte: Folha de S. Paulo

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*Foto: Divulgação

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Correio do Grande Recife