Com o e-commerce, o Polo de Confecções do Agreste espera movimentar em torno de R$ 40 milhões em negócios já em seu primeiro ano de atuação
O Polo de Confecções do Agreste, que é um segmento voltado à moda de Pernambuco, é um dos principais geradores de economia do interior do Estado. Em breve, este mercado vai dar mais um passo em sua empreitada. Isso será possível graças ao lançamento de uma plataforma B2B (Business to Business) de e-commerce. Por meio dela, toda estrutura e gestão da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana (RNMP) ficarão integradas, em breve.
Polo de Confecções do Agreste
Com esta região do Nordeste em alta, foi firmado um convênio entre Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) e a Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic). Juntas, elas implementarão a plataforma de e-commerce com a intenção de incentivar os negócios e acordos comerciais locais.
No começo, 120 indústrias ligadas ao Polo de Confecções do Agreste serão contempladas com a iniciativa digital e, em uma segunda fase, mais 150 empresas. É esperado que com a implantação do e-commerce tenha uma movimentação de aproximadamente R$ 40 milhões em negócios já em seu primeiro ano de atuação.
Meta
A principal meta dessa implementação do Polo de Confecções do Agreste é resolver a questão da fragilidade de seu modelo comercial no setor, que atualmente tem demonstrado uma queda nas negociações quando as rodadas não são feitas.
A verba do convênio entre as entidades é de mais de R$ 290 mil, sendo 85% vindo de recursos do Estado e 15 % pela Acic. Bruno Schwambach, secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, explica que o acordo comercial visa exatamente o compromisso com a “Força Local”, que é dar suporte em termos de produção e estrutura, além das condições para promover o crescimento deles. Em declaração à Folha de Pernambuco, o secretário destacou:
“A cadeia de confecções movimenta R$ 5,6 bilhões por ano e emprega 250 mil pessoas em cerca de 40 municípios, incluindo as principais cidades do Agreste. É um setor forte, que responde rápido a qualquer estímulo”, destaca. Ainda de acordo com Schwambach, a ferramenta pretende potencializar as compras e as fabricações, além de melhorar a economia de toda a região. “Os empresários serão cadastradas em um site voltado para compra entre empresas, onde terá um trabalho de inteligência comercial. Vale ressaltar que não é um site voltado para o consumidor final”.
Reposição no mercado
Para Roberto Abreu e Lima, presidente da AD Diper, a implementação da plataforma de e-commerce consegue reposicionar as companhias e indústrias de confecções do Agreste no mercado, com a colocação da produção local como vitrine do portal de negócios.
“É outro ganho da criação da plataforma. Pensar as empresas do estado em unidade. Com o ecossistema de negócios implantado, vai ser possível pensar soluções de marketing e para a área comercial, de comunicação e até de tecnologia e logística, já que pode ser pensada a forma de se consolidar pedidos para buscar soluções logísticas integradas para a entrega. A plataforma passa a ser um item do planejamento do segmento de confecções do Estado”.
Wamberto Barbosa, coordenador da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana da Acic, explica que o projeto deve promover um grande incentivo ao Polo de Confecções e, consequentemente, isso fortalecerá sua presença no mercado B2B:
“É um negócio que usa ferramentas de inteligência comercial e inovação tecnológica e está lastreado em um evento já consolidado. A ideia é permitir ao empresário pernambucano criar oportunidades no mercado virtual, que, já de início, conta com um ambiente negocial robusto da RNMP, com um ecossistema com cerca de 800 varejistas nacionais e cerca de 150 indústrias pernambucanas”.
Fonte: Folha de Pernambuco
*Foto: Divulgação