Segundo pesquisa da Abrasel, maior parte das empresas tem recorrido a empréstimos para não fecharem as portas
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) realizou uma pesquisa nacional que revelou a situação do setor de bares e restaurantes. Segundo os dados, o cenário desses negócios piora mês a mês desde o começo da pandemia.
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Além disso, em janeiro 80% dos mais de 1.500 empresários entrevistados em todos os estados já estão operando de novo com novas restrições e 60% deles encerraram o mês no vermelho. Ou seja, o índice aumentou quando comparado ao mês de setembro passado, que eram 53% operando no negativo.
Mudança no perfil dos estabelecimentos
Todavia, em termos de faturamento, é possível identificar uma mudança completa no perfil desses estabelecimentos. Isso porque em janeiro de 2020, 41,3% dos bares e restaurantes possuíam um faturamento acima de R$ 140 mil por mês. No entanto, hoje há uma participação mais representativa daqueles que faturam abaixo de R4 35 mil mensais: 24,5%. Outros 20,8% têm uma receita entre R$ 35 mil e R$ 70 mil.
Situação em Pernambuco
Além disso, o cenário negativo também se revelou em Pernambuco, por exemplo, segundo a seção estadual da Abrasel. Em um intervalo de 30 dias, entre dezembro e janeiro últimos, os bares e restaurantes apresentaram uma queda no faturamento de 39%, na comparação com o mesmo período entre 2019 e 2020. E este chegou a ser o melhor resultado desde o começo da pandemia. Isso porque o setor registrou uma queda de 73% no auge das medidas restritivas do ano passado.
Demissões
A pandemia ocasionou a demissão de 32,5% do quadro de trabalhadores que atuavam nos bares e restaurantes pernambucanos. Ao todo, foram 26,5 mil demissões no Estado, segundo dados da CAGED. Entretanto, este número pode aumentar nos próximos dias, afirma a Abrasel. Em decorrência de 56% dos profissionais trabalharem no turno da noite.
Por outro lado, no âmbito nacional, o nível de endividamento cresceu expressivamente nos últimos 12 meses. Segundo o total de pesquisados, 64% informaram que tomaram empréstimos durante a pandemia. Além disso, uma em cada quatro empresas endividadas, já estão com parcelas em atraso.
Contudo, 65% dos bares e restaurantes enquadrados no Simples nacional já estão sob o risco de perder os benefícios da tributação especial.
*Foto: Divulgação/Andréa Rêgo Barros